
Geralmente confundido como um roedor, ele de rato não tem nada, apenas apresenta algumas características físicas que lembram roedores, mas na verdade ele é um marsupial pertencem a diferentes ordens de mamíferos, e as principais diferenças entre eles estão em sua classificação, características anatômicas, modo de reprodução e hábitos gerais. Aqui estão as distinções principais:
Roedores: São mamíferos da ordem Rodentia. Exemplos incluem ratos, esquilos, porquinhos-da-índia e capivaras.
Marsupiais: São mamíferos da infraclasse Marsupialia, pertencentes a várias ordens, como Diprotodontia (cangurus e coalas) e Dasyuromorphia (diabo-da-tasmânia).
O timbu é o nome popular dado ao gambá no Nordeste do Brasil, especialmente à espécie Didelphis albiventris, conhecida como gambá-de-orelha-branca. É um marsupial da família Didelphidae, amplamente encontrado na América do Sul. Seu tamanho mede cerca de 40 a 50 cm de comprimento, com uma cauda de tamanho semelhante. Pelagem tem o corpo coberto por pelos cinzentos ou marrons, com a barriga mais clara (às vezes esbranquiçada).a cabeça apresenta orelhas brancas e um focinho pontudo.
Como todos os marsupiais, as fêmeas possuem um marsúpio onde os filhotes completam o desenvolvimento após o nascimento. Alimenta-se Onívoro, comem também frutas, insetos, pequenos vertebrados e até lixo urbano.
Os timbus são muito adaptáveis e podem ser encontrados em florestas, áreas rurais e até em ambientes urbanos. São ativos principalmente à noite (noturnos) e podem ser vistos subindo em árvores ou procurando alimento no chão.
Porque existe o preconceito com esses animais?

Muitas pessoas criam aversão a esses animais pelo simples fato de falta de conhecimento sobre a espécie e por algumas caraterísticas que dão um aspecto de vilão ao gamba ou timbu.
As pessoas matam gambás por diversos motivos, muitos dos quais estão relacionados a preconceitos ou situações específicas. Aqui estão algumas razões comuns:
Medo ou nojo: Gambás são muitas vezes vistos como animais “sujos” ou ameaçadores por causa de seu odor característico e comportamento de defesa (o spray com cheiro forte). Isso leva algumas pessoas a matá-los por medo ou aversão.
Preconceito e mitos: Há quem acredite que os gambás são perigosos, carregam muitas doenças ou atacam pessoas, o que geralmente não é verdade. Embora possam transmitir doenças como a raiva, os casos são raros, e eles costumam evitar humanos.
Proteção de animais domésticos ou criações: Gambás podem invadir quintais, galinheiros ou locais de armazenamento de alimentos. Algumas pessoas os veem como ameaça para aves ou outros pequenos animais e agem de forma letal para proteger suas propriedades,
Consequências do preconceito

Todas as espécies no planeta possuem uma função essencial, e os timbus, apesar de seu odor forte e aparência peculiar, não são exceção. Eles desempenham um papel fundamental no ecossistema, ajudando a controlar populações de insetos, carrapatos e pequenos roedores, além de contribuírem para a dispersão de sementes. Assim como ocorre com outras espécies, a redução ou extinção dos timbus pode causar sérios desequilíbrios ecológicos, impactando negativamente as futuras gerações.
Conhecimento e educação ambiental

Para evitar mortes desnecessárias de gambás, é fundamental promover a conscientização sobre o papel crucial que esses animais desempenham no equilíbrio do meio ambiente e educar as pessoas sobre como conviver pacificamente com eles. Caso um gambá esteja causando incômodo, existem alternativas não letais para afastá-lo, como o uso de cercas, iluminação adequada ou repelentes específicos.
Curiosamente, o gambá (ou timbu) é até mascote de um time de futebol, o Clube Náutico Capibaribe, de Recife, o que pode servir como símbolo de conscientização e respeito por essa espécie. Proteger os gambás é mais do que uma questão de preservação ambiental — é uma maneira de contribuir para a conservação da biodiversidade e garantir um futuro mais equilibrado para todos.